Hoje é, uma vez mais, um dia triste. Estou mesmo cabreado com este assunto!
Pela quarta vez consecutiva (caraças que são persistentes), votou-se e aplaudiu-se nesta terra mais uma imoralidade.
Não é que eu defenda que se deve endividar e esbanjar dinheiro: nada disso! O dinheiro é escasso, custa a ganhar e deve ser muito bem investido.
Agora não me venham com balelas. Como é que é possível alguém que tenha vergonha na cara poder gabar-se de ter milhões de euros no banco, quando existem tantas aldeias neste concelho que têm "umas coisas" parecidas com caminhos de cabras como acesso, saneamentos miseráveis (ou inexistentes), deficiências no abastecimento de água e fracos serviços de transporte, só para começar?
Mas está tudo doido nesta terra?
Então existem escolas em plena cidade que nem um recreio em termos têm (e que colocam mesmo em risco a segurança das crianças) e aplaude-se a construção de rotundas e outras coisas menores (que só têm razão aparente porque é ano de eleições), como se andássemos todos com palas nas "bentas"?
Mas o que é que anda a fazer este executivo? E a oposição? São todos "farinha do mesmo saco"?
Aqui nos confins de Portugal ainda existem Homo Sapiens com capacidade de raciocínio!
Parem lá com esta porra!
Uma autarquia não é uma comissão fabriqueira! Para onde vamos a seguir?
Sim, meus caros, estou a referir-me ao último relatório e contas da autarquia de Bragança. Então mas esta gente acha que gerir uma câmara é como gerir uma empresa? Já nem falo das incongruências dos documentos apresentados e das suas inconsistências.
Como é que se pode um presidente vangloriar que consegue resultados líquidos positivos de 2,6 milhões de euros, esquecendo o muito que está por fazer na cidade e no concelho.
De que servem estes resultados? Mas tem algum contrato com a banca para lhes deixar à guarda milhões de euros? Claro que não! É simplesmente falta de visão estratégica.
Temos à frente dos destinos da nossa autarquia alguém que está ao nível de uma comissão fabriqueira de aldeia (e sem qualquer desprimor para as aldeias): «pá, vamos lá guardar esta massa toda, que o povinho anda contente e não chateia. Damos-lhes umas festas e umas paródias e a coisa rola. Depois logo se vê...».
Então mas é assim que se gere a autarquia da capital do distrito?
Também não posso deixar de dizer isto: mas que raio se passa com a oposição neste concelho? O que é isto? Nem sequer uma assembleia municipal sabem preparar?
E aqueles presidentes de junta todos que estiveram lá e não foram capazes de dizer nada? Bem sei que se falam o executivo não vos dá dinheiro. Isso é um problema grave que merece uma análise mais profunda, mas estão todos a ser coniventes com este cenário.
Ler as atas das assembleias municipais é deprimente. Pensava que este era um ano de eleições. No entanto, Bragança deve ter deixado de pertencer a Portugal, porque não se consegue perceber onde está o combate político.
C'moquera...
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